Fonte:
https://www.tuasaude.com/tratamento-com-ozonio/
A ozonioterapia consiste num processo em que é administrado gás de ozônio no corpo para tratar alguns problemas de saúde. O ozônio é um gás composto por 3 átomos de oxigênio que tem importantes propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e anti-sépticas, além de ter um efeito de melhora da oxigenação dos tecidos, assim como fortalecimento do sistema imune.
Devido às suas propriedades, esta é uma terapia que pode ser sugerida no tratamento de problemas crônicos, como artrite, dor crônica, feridas infectadas e atraso da cicatrização, por exemplo.
O tratamento deve ser realizado por um profissional de saúde, aplicando o ozônio localmente ou injetando via intravenosa, via intramuscular ou por insuflação retal.
Para que serve e como funciona
A terapia com ozônio funciona interrompendo processos não saudáveis no corpo, como o crescimento de bactérias patogênicas se houver uma infecção, ou impedindo alguns processos oxidativos, podendo por isso ser usado para melhorar diversos problemas de saúde:
1. Problemas respiratórios
Como promove entrada de maior quantidade de oxigênio no sangue, a ozonioterapia é uma boa opção para aliviar os sintomas de pessoas com problemas respiratórios, como asma, bronquite e DPOC. Saiba
como identificar e tratar a asma.
Isso acontece porque a entrada de maior quantidade de oxigênio no sangue, provoca um aumento na taxa de glicólise dos glóbulos vermelhos, aumento também a quantidade de oxigênio liberado para os tecidos.
Além disso, aumenta significativamente a resistência das vias aéreas e a frequência respiratória.
2. Distúrbios no sistema imune
A terapia com ozônio pode trazer benefícios para pessoas com o sistema imunológico debilitado e ajudar a tratar doenças como esclerose múltipla, artrite reumatoide ou
miastenia gravis, por exemplo, já que estimula e reforça o sistema imune, aumentando o número de moléculas envolvidas na emissão de sinais entre as células durante o desencadeamento das respostas imunes.
Veja
outras formas de aumentar a imunidade.
3. Tratamento da AIDS
Vários estudos comprovam que a ozonioterapia pode ser utilizado para complementar o tratamento do HIV, o vírus da AIDS, por facilitar a inativação de uma proteína nuclear do vírus, além de ter função como antioxidante e antimicrobiano. Saiba
mais sobre os sintomas, contágio e de como é feito o tratamento da AIDS.
4. Tratamento do câncer
Alguns estudos comprovam também que o ozônio administrado em uma concentração entre 30 e 55 μg / cc causa aumento na produção de interferon, que é uma proteína produzida para, entre outros mecanismos, interferir na replicação de células tumorais e estimular a atividade de defesa de outras células.
Além disso, leva também ao aumento do fator de necrose tumoral e interleucina-2, que por sua vez estimula uma cascata de reações imunológicas subsequentes.
A terapia com ozônio pode ainda ser usada juntamente com a radioterapia e a quimioterapia para reduzir o risco de complicações e aumentar sua eficácia.
5. Tratamento de infecções
A ozonioterapia leva também à inativação de bactérias, vírus, fungos e parasitas. Nas bactérias atua através de um mecanismo que interrompe a integridade do envelope celular bacteriano, levando à oxidação dos fosfolipídios e lipoproteínas.
Nos fungos, o ozônio inibe o crescimento celular em certos estágios e em vírus danifica o capsídeo viral e perturba o ciclo reprodutivo ao interromper o contato entre o vírus e a célula com a peroxidação.
Alguns estudos já demonstraram sua eficácia em infecções como a doença de Lyme, infecções vaginais e até candidíase vaginal ou intestinal.
6. Complicações na diabetes
Algumas complicações na diabetes podem ser atribuídas ao estresse oxidativo no corpo e estudos demonstram que o ozônio ativa o sistema antioxidante que afeta o nível de glicemia. Conheça
outras formas de tratar os vários tipos de diabetes.
Além disso, como esta terapia ajuda com a circulação sanguínea, pode permitir a melhora da vascularização de tecidos afetados pela falta de oxigênio produzida pela diabetes. Assim, e embora ainda não existam estudos com resultados bem comprovados, este tipo de terapia pode também ser experimentada para melhorar a cicatrização de úlceras em pessoas com diabetes.
7. Tratamento de feridas
O ozônio pode ainda ser usado para o tratamento de feridas, aplicando o gás diretamente na região afetada. Em um estudo
in vitro, observou-se que o ozônio é muito eficaz na redução das concentrações de
Acinetobacter baumannii,
Clostridium difficile e
Staphylococcus aureus.
O ozônio pode também ser usado para tratar doenças inflamatórias, como artrite, reumatismo, degeneração macular, hernia de disco, problemas circulatórios, síndrome respiratória aguda grave, em sintomas hipóxicos e isquêmicos e para diminuir o colesterol no sangue.
Além disso tem também sido usado em odontologia, no tratamento de cáries dentárias. Saiba
como identificar e tratar uma cárie dentária.
Como é feito o tratamento
O tratamento com ozônio deve ser realizado por um profissional de saúde e nunca por via inalatória.
Existem várias formas de realizar a ozonioterapia, aplicando o gás diretamente na pele, caso se pretenda tratar uma ferida, via intravenosa ou intramuscular. Para administrar o ozônio pela veia, para tratar outros problemas de saúde, é retirada uma determinada quantidade de sangue que é misturada com o ozônio e depois é administrado novamente na pessoa via intravenosa. Também pode ser administrada via intramuscular, em que o ozônio pode estar misturado com o sangue da própria pessoa ou com água estéril.
Além disso, também são usadas outras técnicas, como a injeção intradiscal, paravertebral ou insuflação retal, em que é introduzida uma mistura de ozônio e oxigênio através de um cateter no cólon.
Possíveis efeitos colaterais
O fato de o ozônio ser ligeiramente instável torna-o um pouco imprevisível, podendo danificar os glóbulos vermelhos do sangue e por isso a quantidade usada no tratamento deve ser precisa.
Quando não deve ser usado
O ozônio médico está contraindicado em casos de gravidez, assim como em pacientes com infarto agudo do miocárdio, hipertireoidismo não controlado, intoxicação alcoólica ou problemas de coagulação, especialmente casos de favismo.